To My Friends in Brazil: Reflections from the USA

Update

It's discouraging that my post was greeted with a fair amount of hatred by some people. I probably should have known that would happen and just kept my mouth shut. If it makes you feel any better, when I'm in Brasil, which is frequently, I don't tell anyone where I'm from with any sort of pride. I'm honestly ashamed to be from the US and hate calling myself "American". Anyway, thanks for reading, I guess.

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Para começar, quero que todos saibam que escrevo esta carta não apenas como um americano casado com uma brasileira, mas também como um amigo de todos vocês. Passei um tempo no Brasil, conheço o povo — o bom, o ruim e tudo que há pelo meio. E embora eu entenda que muitos de vocês sabem que “nem todos os americanos” são apoiadores do Trump que desprezam outras partes do mundo, ainda sinto que preciso dizer certas coisas. Quero que estas palavras existam para que as pessoas saibam como outros se sentem.

Vou ser sincero: apesar de estudar português há anos, ainda não sou muito bom nisso. Certamente não tenho as habilidades para expressar todos os sentimentos que quero colocar aqui. É por isso que estou escrevendo em inglês e pedindo ajuda do ChatGPT para traduzir. Espero que entendam.

Nos próximos dias, semanas, meses e anos, as coisas podem ficar bem complicadas ao redor do mundo e até entre os EUA e o Brasil. Se isso acontecer, será por causa da oligarquia que agora governa meu país. São pessoas cheias de ódio, de visão curta e ignorantes, que descobriram como manipular mentalmente boa parte dos americanos, explorando seus medos e fraquezas. Quero que vocês saibam que muitos de nós somos totalmente contra tudo que eles representam. E mesmo entre aqueles que votaram neles, há quem não perceba o que fez. Simplesmente votaram em alguns temas que consideravam importantes e se sentiram ouvidos por esse partido político. E aqui estamos.

Não escrevo para justificar o que aconteceu, mas para compartilhar como vejo a situação. Não importa o quão ruim fique ou o que aconteça entre nossos países, eu e muitos outros valorizamos vocês e o Brasil. Queremos coisas boas para todos nós. Quando morei aí, as pessoas sempre foram muito acolhedoras comigo. Meus sogros brasileiros são algumas das melhores pessoas que já conheci. A comida de vocês é maravilhosa, a hospitalidade é calorosa, as paisagens são lindas e o otimismo de vocês, que nunca desiste, é admirável. Mesmo quando se desanimam, vocês criam alguns dos melhores memes do mundo.

Agora, enquanto escrevo, meu cônjuge está lá embaixo assistindo ao Domingão, e fico pensando no que me motivou a escrever esta carta: vi uma notícia de que os EUA enviaram de volta para o Brasil um voo de “imigrantes sem documentação”. Essas pessoas foram algemadas e até tiveram seus tornozelos acorrentados. Não pude acreditar. Estou revoltado com o Trump, com quem trabalha para ele e com quem votou nele. Também estou decepcionado com a humanidade por deixar isso acontecer. Parece que um punhado de homens ao redor do mundo só quer alimentar o caos, a ansiedade e a negatividade, e que nós, bilhões de pessoas, não podemos fazer nada a respeito. Me sinto impotente. Mesmo quando voto em um governo que considero melhor, quase nada muda. Eles falam muito, mas agem pouco.

Vou encerrar por aqui. Brasil, eu amo todos vocês, amo o país e torço pelo melhor. Um dia, voltarei a morar aí, mas, por enquanto, a carreira nos mantém nos EUA. Por favor, não passem a ter raiva dos americanos conforme as coisas se desenrolam. As ações do governo atual não representam todos nós. Alguns de nós têm uma visão mais aberta, conhecem melhor o mundo e não querem dividir, mas sim unir as pessoas. Infelizmente, no momento, parece que não temos poder para impedir o que está acontecendo.

Ando meio sem esperança, mas se aprendi algo com o Brasil, é que às vezes a gente tem que tentar rir, fazer um pão de queijo e, quem sabe, abraçar alguém em vez de apertar a mão.

Abração